Enchentes do Rio Grande do Sul reforçam a necessidade da adoção de sustentabilidade como forma de prevenção ao efeito das mudanças climáticas
O mundo está passando por uma grande transformação climática e esse não é um fenômeno inteiramente novo. Desde o início deste século, a pauta “sustentabilidade” vem sendo amplamente discutida entre governos e empresas. Pontuando a importância de se adotar políticas públicas e operações comerciais de forma favorável às principais necessidades do meio ambiente.
Recentemente, o Brasil sofreu uma das maiores situações de calamidade dos últimos tempos com as grandes enchentes do Rio Grande do Sul. De acordo com dados da Agência Nacional, ao menos 475 municípios foram afetados pelas chuvas, causando impactos diretos nas vidas de mais de 2 milhões de gaúchos. Desse número, cerca de 37 mil perderam suas casas e estão vivendo em abrigos, enquanto mais de 170 pessoas perderam a vida.
O grande problema envolto às catástrofes naturais é que, na maioria das vezes, elas são imprevisíveis, enquanto grande parte dos seus danos são inevitáveis. Ainda assim, o cenário de calamidade do Rio Grande do Sul reforça que, com preparo do governo e medidas sustentáveis do setor privado, é possível se preparar melhor para este “novo normal” do cenário climático, inclusive, implementando ações que tenham impacto direto no que se refere aos objetivos estipulados na Agenda 2030 da ONU.
Sustentabilidade como aliada da prevenção
Toda a região afetada pelas enchentes do Rio Grande do Sul se encontra em um local de vulnerabilidade. Onde as chuvas são mais intensas devido ao choque das correntes tropicais e polares. O sistema de vazão também é limitado, dependendo exclusivamente de um único ponto de drenagem para escoar toda a água. Como resultado, o alagamento aconteceu devido à impossibilidade de drenar uma quantidade tão grande de água.
Contudo, desde 2013 a ciência já vinha alertando a respeito do aumento de chuvas na região, que poderia atingir um volume até 45% maior nos próximos anos. A ação do homem apenas intensificou a questão, considerando a expansão das áreas de plantio de soja, zonas residenciais e minas de carvão. Com isso, muitas pessoas passaram a viver e trabalhar dentro dessas zonas de risco, o que vai contra qualquer medida sustentável.
No mundo corporativo, cabe aos empreendedores avaliarem formas realmente eficazes de aplicarem as diretrizes ESG em sua operação. Com uma atenção maior direcionada ao espaço que está sendo explorado. Em especial, os recursos naturais utilizados e a forma como tudo aquilo afeta a população local, torna possível se preparar para tais catástrofes e até mesmo evitar que outra calamidade do gênero aconteça tão cedo.
Ainda em recuperação, muitos serviços e atividades do Rio Grande do Sul estão paralisados no momento, incluindo concursos públicos como o concurso MPU e partidas esportivas. Em alguns casos, como o do Rafael Proença, sua mãe e avó, com quase 93 anos e com um quadro avançado de alzheimer, não há previsão de retorno para suas casas, restando apenas a esperança de dias melhores e a solidariedade da nação brasileira.
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